"Ninguém em Bruxelas pode me dizer que não é hora", afirmou o chefe do partido Liga, de extrema direita, em uma reunião na capital italiana. "Se Bruxelas disser que não posso, não me importo, vou fazê-lo de qualquer maneira", prometeu o líder.
O novo governo de coalizão da Itália elaborou um orçamento que eleva os gastos, eleva a meta de déficit público para cerca de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos três anos e provavelmente elevaria a dívida pública acima do nível já excessivo de 131% do PIB
O governo anterior estava objetivando um déficit de 0,8% do PIB que ajudaria a reduzir a dívida, mas possivelmente prejudicasse o crescimento econômico.
Um alerta feito por autoridades da União Europeia (UE) na sexta-feira sobre os mercados financeiros problemáticos da Itália elevou o custo dos empréstimos para o governo.
"É um orçamento que parece estar além dos limites de nossas regras compartilhadas", observou Pierre Moscovici, que administra o portfólio econômico e financeiro da Comissão Europeia.
O presidente italiano Sergio Mattarella alertou o governo no sábado que a Constituição exige um orçamento equilibrado e uma dívida pública sustentável.
Salvini rapidamente respondeu, dizendo que depois de anos de ter seu orçamento imposto pelos líderes europeus "finalmente mudamos de rumo e estamos apostando no futuro e no crescimento".
A CE estima que a economia da Itália crescerá apenas 1,1% no ano que vem.