OSCE diz ter detectado lança-mísseis ucranianos em Donbass

© Foto / Ministério da Defesa da UcrâniaSistema ucraniano de mísseis Buk-M1 (foto de arquivo)
Sistema ucraniano de mísseis Buk-M1 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Um drone dos observadores da missão de monitoramento especial (SMM) da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) detectou lançadores de mísseis Buk, pertencentes aos militares ucranianos, posicionados em Donbass, comunicou nesta terça-feira (2) a assessoria de imprensa da missão à Sputnik.

"No dia 28 de setembro um minidrone da SMM detectou três lança-mísseis (9K37, ou Buk) em uma estação ferroviária no povoado de Rubezhnoe [controlado pelas forças de Kiev]", contou a assessoria da missão.

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No dia 29 de setembro, os observadores detectaram um lança-mísseis (9K37) sobre um caminhão-plataforma perto da mesma estação, acrescentou a assessoria.

Por sua vez, o porta-voz da milícia da República Popular de Lugansk (RPL), Andrei Marochko, comentou a notícia.

"O lança-mísseis Buk se destina a detectar e eliminar três tipos de alvos: aviões, helicópteros e mísseis de cruzeiro. Nenhum dos armamentos mencionados existe na República Popular [de Lugansk]. Por conseguinte, não há necessidade para as forças ucranianas os usarem na zona de conflito no sudeste do país", indicou Marochko.

O porta-voz da RPL não exclui que os militares ucranianos possam reequipar os sistemas Buk para sua utilização em Donbass.

"Quando modernizados e equipados com mísseis de outra classe, os sistemas podem ser utilizados contra alvos terrestres também, o que, com alta probabilidade, é o que os chefes militares ucranianos pretendem fazer", ressaltou Marochko.

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Em 2014, as autoridades ucranianas iniciaram uma operação militar contra as repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk, que declararam sua independência depois do golpe do Estado que ocorreu na Ucrânia em 2014. Segundo as últimas estimativas da ONU, as operações militares em Donbass resultaram na morte de mais de 10 mil pessoas.

Em fevereiro de 2015, as partes em conflito assinaram os acordos de paz de Minsk para acabar com os combates na região, mas a situação permaneceu tensa, com as duas partes acusando-se mutuamente de violações do cessar-fogo.

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