Autoridades militares americanas disseram à CNN nesta quarta-feira que a Marinha quer enviar navios de guerra e aviões em novembro para o mar do Sul da China — nas peroximidades das ilhas chinesas — para passar uma mensagem a Pequim.
A Marinha dos EUA caracterizou o encontro como "inseguro e pouco profissional".
Este episódio não é a única provocação recente na região. Na semana passada os EUA enviaram bombardeiros pesados B-52 Stratofortress por rotas através do mar do Sul da China. Essas manobras foram imediatamente seguidas por exercícios conjuntos com aviões japoneses na região.
Depois desses vôos, que Pequim chamou de "provocativos", advertiu os EUA de que tomarão "as medidas necessárias" para defender os interesses chineses.
No Instituto Hudson, na quinta-feira, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, alertou a China que os EUA não recuarão apesar das ameaças chinesas e tentativas de intimidação no mar do Sul da China.
"Apesar desse assédio imprudente, a Marinha dos Estados Unidos continuará a voar, velejar e operar onde quer que a lei internacional permita e nossos interesses nacionais exijam. Não seremos intimidados. Não vamos desistir", disse ele.
Yun Sun, codiretor do Programa Ásia Oriental e diretor do Programa China no Stimson Center, disse ao Sputnik na quinta-feira que a China "estabeleceu um curso de combate às atividades militares dos EUA no [Mar do Sul da China]. Eu duvido que a China mude seu rumo atual ou diminua suas próprias ações quando os EUA fortalecerem suas atividades — isso demonstraria a fraqueza da China e prejudicaria suas posições. Esperamos que ambos os lados se contenham e não deixem as tensões escalarem".
Observando que um dos beneficiários de tal confronto seria a Rússia, Yun disse que os países do Sudeste Asiático "querem ver um maior comprometimento dos EUA na região, mas eles não querem um conflito entre EUA e China".