Khaled Ali, um proeminente advogado de direitos humanos que concorreu à eleição presidencial de 2012, não havia sido incluído anteriormente no caso, no qual várias organizações não-governamentais (ONGs) são acusadas de receber fundos estrangeiros. O político, que nega qualquer envolvimento com esquemas ilegais, disse à Reuters que ele não foi convocado para interrogatório em nenhum momento até agora.
Ali terminou em sétimo na eleição presidencial egípcia de 2012, vencida pelo islamista Mohamed Mursi. No ano passado, ele anunciou a intenção de desafiar o atual presidente, Abdel Fattah al-Sisi, em sua luta por um segundo mandato, mas acabou desistindo da disputa por considerar que as circunstâncias atuais não permitiriam um pleito justo.
O governo egípcio acusa diferentes grupos de defesa dos direitos humanos de receber dinheiro do exterior para promover agitações no país, acusações que estão sendo investigadas pela justiça. Os ativistas, por outro lado, dizem enfrentar a pior ofensiva de sua história sob a administração de Sisi, acusando-o de corroer as liberdades ganhas no levante da Primavera Árabe de 2011, que acabou com o governo de 30 anos de Hosni Mubarak, destaca a Reuters.