O investigador sênior do Instituto do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, Vasily Kashin, revelou ao Gazeta.ru que os navios norte-americanos realizam manobras nessa zona de maneira "quase permanente" porque "no momento oportuno, Washington não se deu conta do drástico fortalecimento da posição de Pequim na região".
Graças à criação de ilhas artificiais nas águas adjacentes ao arquipélago Spratly, a China desenvolveu uma infraestrutura militar bastante importante na zona meridional do mar do Sul da China, o que lhe dá enormes benefícios. Por essa razão, os EUA enviam constantemente navios para realizar patrulhas e atividades de treinamento, a fim de evitar que os chineses se consolidem na região.
Entre essas medidas, o especialista destaca ações "sem o uso de armas", como colocar obstáculos no caminho da frota norte-americana — desde grandes embarcações da guarda costeira até redes de pesca, para que estas "se enredem nas hélices" dos navios.
Vasili Kashin sublinha que, de qualquer maneira, é difícil imaginar os chineses "realizando ataques aéreos contra os navios norte-americanos", porque "primeiro tentariam garantir o apoio da Rússia". Em qualquer caso, se Moscou "apoiar" Pequim, Washington "terá que estabelecer algum tipo de compromisso" ou, de contrário, "pode acontecer qualquer coisa".