Neste domingo (7), brasileiros foram às urnas para votar nas presidenciais e no mesmo dia completou meio ano desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O analista opina que "uma etapa de azares" que perseguia a esquerda, incluindo o impeachment de Dilma Rouseff e prisão de Lula, seja um "contra-ataque das forças da direita no maior país da América Latina, do qual depende o rumo que irá tomar todo o continente".
"A diferença de votos [entre Bolsonaro e Haddad] é bastante grande […] e os apoiadores do PT se mobilizarão certamente para conseguir a vitória, mas suas chances são bastante pequenas com muitos acreditando que a direita vença", comentou em entrevista ao serviço russo da Rádio Spútnik.
"É difícil dizer o que eles [direita] farão em seguida, mas está claro que o sistema criado por Lula, pelo PT, que previa uma união entre a esquerda e uma parte da burguesia nacional que deveria participar no processo de reformas […] começou a entrar em crise, ou até desapareceu por completo", sublinhou o especialista.
Daqui a três semanas, os eleitores decidirão quem será o presidente. O 2º turno das eleições está marcado para 28 de outubro e será disputado por Jair Bolsonaro que tinha quase 50 milhões de votos (PSL) e Fernando Haddad com mais de 30 milhões (PT), segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral. O terceiro lugar ocupou Ciro Gomes (PDT), obtendo um pouco mais de 13 milhões.