Assim, de acordo com dados do FMI, o valor total da dívida global — tanto no setor público como privado — é 60% maior do que em 2008, ano da última crise financeira.
Segundo o FMI, nos últimos dez anos, muito tem sido feito para apoiar reservas de bancos e executar uma supervisão mais rigorosa do setor financeiro, mas "riscos tendem a crescer durante bons tempos, como o atual período de reduzidas taxas de juro e volatilidade moderada", cita The Guardian.
Entre as principais causas de preocupações a entidade nomeou aumento drástico de empréstimos pelos chamados bancos paralelos da China, fracasso em aplicar restrições rigorosas a seguradoras e gestores de ativos que lidam com trilhões de dólares de fundos.
A organização avisa que a economia mundial deverá enfrentar certos desafios para evitar "a segunda Grande Depressão".
Vale destacar que os empréstimos a reduzidas taxas de juro para empresas e governos não trouxeram investimento em maiores níveis na pesquisa e desenvolvimento ou investimento mais geral em infraestrutura.
As medidas adotadas após a quebra do banco de investimento Lehman Brothers, considerado um dos pontos de partida da crise de 2008, deixaram a economia mundial com uma proporção de 52% entre a dívida e o PIB, que era 36% antes da crise. Balanças de bancos centrais, especialmente em países desenvolvidos são algumas vezes maiores do que antes do colapso de 2008.
Quanto às economias em desenvolvimento, estas agora representam 60% do PIB global em termos de poder aquisitivo se comparados aos 44% no período antes da crise, "refletindo, parcialmente, uma recuperação fraca nas economias avançadas", diz o relatório.