Segundo a publicação, o Comando de Operações Especiais dos EUA já ofereceu financiamento para empresas que possam "descobrir e melhorar a tecnologia da metralhadora Kalashnikov, da metralhadora modernizada de grande calibre NSV Utes e fazer suas cópias".
Ao mesmo tempo, os militares norte-americanos exigem que as potenciais fabricantes consigam obter a documentação, peças e materiais necessários sem nenhuma assistência do Comando de Operações Especiais dos EUA.
A publicação ressalta que as duas metralhadoras russas podem ser apenas o começo — o Comando de Operações Especiais dos EUA poderá precisar de cópias de outras armas estrangeiras no futuro.
A revista especula que a iniciativa se deve provavelmente ao fato de os EUA pretenderem fornecer cópias de armas a diversos grupos em regiões instáveis, como na Síria ou no Iraque. No entanto, Washington não quer "implorar por armas russas no mercado de armamento".
O analista militar Viktor Baranets, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, comentou o interesse dos EUA pelas armas russas.
"Até agora, por mais que tentassem, [os EUA] não conseguiram inventar armas melhores. Um dos problemas que os norte-americanos sempre tiveram foi que, depois de certo número de disparos, precisavam substituir os canos. E assim, as forças especiais norte-americanas, além de uma metralhadora pesada, tinham que levar três ou quatro canos que precisavam ser trocados em uma situação de combate. Isso causou grandes queixas da parte deles", comentou.
"O cano da nossa metralhadora Kalashnikov modernizada não precisa ser substituído. Além disso, tem uma alta velocidade de tiro, um bom alcance e um calibre padrão. O Utes é uma metralhadora de grande calibre que também tem alta velocidade de tiro, o seu cano não precisa ser trocado devido ao sistema de resfriamento único e tem um alcance muito significativo, ao contrário dos análogos norte-americanos. Resumindo, para onde quer que você olhe, esta arma é melhor do que os análogos norte-americanos", continuou Baranets.
"Se os norte-americanos querem produzir essas armas, eles devem agir de acordo com a lei […] Mas eles preferem atuar como contrabandistas. Entretanto, uma cópia é sempre pior do que a original, porque eles não conhecem a tecnologia de produção do aço e os segredos de alguns mecanismos. Eles podem ver, mas não conhecem o sistema desse trabalho. A cópia pode ser patética", concluiu Baranets.