Recentemente, o secretário do Interior dos EUA, Ryan Zinke, afirmou que seu país poderia organizar um bloqueio naval da Rússia, se necessário, para impedir o fornecimento de energia aos países da região do Oriente Médio.
Para bloquear a Rússia, os EUA precisarão de forças-tarefa com um núcleo de porta-aviões e helicópteros. Mas os recursos dos militares russos estão posicionados de tal forma que os norte-americanos não poderão usar porta-aviões e caças F-18, que podem operar a apenas 720 quilômetros de distância do porta-aviões. Assim, os militares dos EUA somente poderão usar suas aeronaves no mar Egeu, e é improvável que os porta-aviões o alcancem.
As novas armas russas os afundarão imediatamente depois da passagem pelo estreito de Gibraltar. E os militares norte-americanos quase não têm meios de enfrentá-las, enfatiza Vasilescu.
Em particular, o analista citou armas como o mais novo míssil antinavio russo Kh-47M2 Kinzhal, que tem um alcance de 2.000 quilômetros, a velocidade de 10 Mach (12.250 km/h) e uma altitude máxima de 40 a 50 quilômetros. Em princípio, o seu adversário é o míssil norte-americano RIM-67 SM-2ER que atinge uma altitude máxima de até 33 quilômetros. No entanto, derrubar o Kinzhal é extremamente difícil. Ao mesmo tempo, o míssil russo dispersa ao seu redor 20 alvos falsos, portanto, serão necessários ao menos 20 antimísseis. Entretanto, os navios norte-americanos são capazes de lançar apenas 12 por vez.
Ao mesmo tempo, a Rússia também possui o sistema de mísseis Avangard, com mísseis balísticos intercontinentais capazes de transportar ogivas nucleares. Esse tipo de míssil entra na atmosfera a uma velocidades de até 20 Mach (24.500 km/h), comporta-se de modo completamente diferente de outros mísseis balísticos, já que pode mudar drasticamente a direção do voo e até mesmo ganhar altitude novamente. Para derrubar esse míssil balístico russo são necessários ao menos 50 mísseis interceptores.
No momento, os EUA não conseguem organizar um bloqueio naval à Rússia, e o Pentágono, diferentemente das especulações do seu secretário do Interior, entende que a Rússia tem mecanismos modernos para proteger seus interesses, conclui Vasilescu.