Uma nova pesquisa assegura que o flanco sudeste do monte Etna, na ilha italiana da Sicília, desliza para o mar Jônico à velocidade de alguns centímetros por ano e que isso poderá levar a um colapso com consequências catastróficas.
Ao mesmo tempo, é verdade que a pressão do magma no seu interior também desempenha um papel no afundamento do Etna em direção ao mar, mas os pesquisadores acreditam que o seu efeito é menor.
"Não podemos excluir que o movimento do flanco evolucione até um colapso catastrófico, o que significa que o movimento de um flanco do Etna representa um perigo maior do que se pensava antes. Tal perigo de colapso pode ser subestimado em outros vulcões localizados nas zonas costeiras e ilhas oceânicas, onde a dinâmica dos flancos submersos é desconhecida ", escrevem os pesquisadores em seu estudo intitulado "Colapso Gravitacional do Flanco Sudeste do Etna", publicado na revista Science Advances.
Se esse fenômeno ocorrer, poderia causar ondas devastadoras que colocariam as regiões vizinhas em risco, alertam os especialistas.
"Os colapsos catastróficos de vulcões insulares ou costeiros […] representam a maior ameaça já que o desmoronamento repentino de grandes quantidades de material na água pode causar tsunamis com efeitos extremos".