Cerca de 100 colegas do jornalista levantaram um grande banner com o retrato de Vyshinsky e a hashtag #TruthNotTreason com linhas escuras ao fundo, simbolizando a prisão e violação da liberdade de expressão na Ucrânia, onde o jornalista foi acusado de traição por expressar uma opinião contraditória à das autoridades ucranianas.
Em segundo momento, o retrato em preto e branco ganha cores e no céu foram lançados numerosos balões brancos, simbolizando a esperança que a justiça será restabelecida e o jornalista será libertado.
"Kirill é prisioneiro de consciência detido por sua atividade profissional. Espero que cresça a pressão sobre as autoridades ucranianas criando uma situação em que seja impossível manter nosso amigo e colega na prisão", declarou o diretor-geral da agência Rossiya Segodnya, Dmitry Kiselev.
Kiselev espera que a comunidade internacional de jornalistas ajude no assunto. A ação demonstrada hoje pode não resolver o caso, acrescentou, mas "haverá centenas".A editora-chefe da Sputnik e do RT, Margarita Simonyan, também se pronunciou em apoio ao jornalista frisando não haver nenhuma razão para sua prisão.
"São 150 dias vergonhosos, não para Poroshenko, Europa ou EUA, claro, mas para o futuro da Ucrânia", opinou.
Caso Vyshinsky
O chefe do portal RIA Novosti Ucrânia foi detido em Kiev, no dia 15 de maio, acusado de apoiar as autoproclamadas República Popular de Donetsk (RPD) e República Popular de Lugansk (RPL). O jornalista pode ser condenado a 15 anos de prisão. Dois dias após a detenção, o tribunal ucraniano de Kherson decretou a prisão preventiva do jornalista por 60 dias.
Vladimir Putin se referiu à prisão de Vyshinsky como sendo algo sem precedentes, tendo Moscou enviado uma nota de protesto a Kiev exigindo o fim da violência contra jornalistas.
Em 5 de setembro, o tribunal de Kherson estudou a possibilidade de manter ou mudar o prazo de prisão e decidiu prolongar a detenção até 4 de novembro.