Política de Poroshenko 'sofreu fracasso completo', indica especialista

© Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagensCartaz com imagem do atual presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko (à direita), divulgado na véspera das eleições presidenciais na Ucrânia
Cartaz com imagem do atual presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko (à direita), divulgado na véspera das eleições presidenciais na Ucrânia - Sputnik Brasil
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No âmbito das manobras militares internacionais Clear Sky 2018, o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko declarou que a Rússia pagará caro se atacar a Ucrânia. O cientista político russo Nikolai Dimlevich explica as razões que podem explicar afirmações tão hostis.

Há pouco, o líder ucraniano declarou que "as manobras conjuntas com países-membros da OTAN Clear Sky 2018 são necessárias para demonstrar que o preço a pagar pela Rússia será muito alto, se esta atacar a Ucrânia com sua força aérea".

A postagem correspondente foi publicada em sua conta do Facebook.

O líder sublinhou que o seu país luta pela liberdade e democracia e aprecia muito a posição de seus parceiros dos EUA e da OTAN.

Pyotr Poroshenko, presidente da Ucrânia - Sputnik Brasil
Rússia pagará caro se decidir atacar Ucrânia, avisa presidente ucraniano
No vídeo, adicionado na postagem, Poroshenko disse também que os soldados ucranianos podem ensinar muitas coisas aos militares da OTAN, pois "combatem em condições de uma guerra híbrida russa".

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Nikolai Dimlevich explicou o que poderia ter provocado tais afirmações hostis por parte do presidente da Ucrânia em relação à Rússia.

"Atualmente na Ucrânia está começando a campanha eleitoral. Por isso, [Pyotr] Poroshenko vai sempre falar sobre a ‘Rússia agressiva', visto que, se não houver um 'inimigo exterior' e se em cada pronunciamento ele não falar sobre ataques aéreos, de mísseis, invasão, etc., da parte da Rússia, sua popularidade como presidente e chances como futuro candidato irão baixar drasticamente", disse o especialista.

"Na realidade, suas declarações mostram apenas uma coisa: sua política sofreu um fracasso completo. Ou seja, não pode demonstrar ao povo quaisquer resultados positivos [atingidos] na Ucrânia durante a sua presidência e, portanto, fala não sobre a Ucrânia, mas sobre uma alegada agressão da Rússia".

As relações entre Rússia e Ucrânia se deterioraram depois da reunificação da Crimeia com a Rússia em março de 2014 e início do conflito em Donbass. Ademais, Kiev acusou Moscou de envolvimento dos assuntos internos do país. Moscou tem afirmado repetidamente que não faz parte do conflito interno ucraniano e tem interesse em que a Ucrânia supere a crise política e econômica.

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