Com armas 'suficientes para destruir mundo', o que está motivando acúmulo nuclear dos EUA?

© Foto / Wikipedia/Marinha dos EUA/ Zachary D. BellMíssil de Ataque Marítimo é lançado a partir do navio militar norte-americano USS Coronado (LCS-4), Califórnia, EUA, setembro de 2014 (foto de arquivo)
Míssil de Ataque Marítimo é lançado a partir do navio militar norte-americano USS Coronado (LCS-4), Califórnia, EUA, setembro de 2014 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Segundo o ex-congressista republicano Ron Paul, os EUA têm armas suficientes para destruir o mundo mais de 10 vezes e não precisam de um novo acúmulo nuclear.

Ron Paul fez referência à saída dos EUA do Tratado INF com relação às ameaças nucleares, comentando que não acredita que possível saída dos EUA do tratado de 1987 venha a melhorar a segurança norte-americana.

"Não vai nos fazer bem algum", afirma Ron Paul sobre as ameaças de Trump de sair do tratado assinado em 1987. Além disso, ele acredita que o complexo industrial norte-americano achará outra forma de justificar o desenvolvimento nuclear, que, no caso, seria a modernização da China, uma fonte de preocupação para o establishment militar dos EUA.

Paul enfatiza que "isso significa que o governo americano e o complexo industrial militar desejam criar mais um lote de armas, devido aos chineses: ‘Os chineses estão fazendo todas aquelas armas, por que nós não podemos também? '".

Confiante de que a China não seja o suposto motivo para a construção de novas armas nucleares, Paul declara que "nós temos armas suficientes, não apenas para se destruir, mas também para destruir o mundo mais de 10 vezes, e não precisamos nos preocupar por não termos armas suficientes ao redor".

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Donaldo Trump, anteriormente, já havia ameaçado deixar o tratado alegando que a Rússia não estava cumprindo suas obrigações relacionadas à produção de armas que seriam proibidas pelo Tratado INF, além da China, outra potência considerada ameaça pelos norte-americanos, inclusive alegando que os EUA construiriam suas armas nucleares até China e Rússia "recuperarem o bom senso".

O Tratado INF é um dos poucos obstáculos diante da ameaça nuclear e considerado pelos países europeus uma estrutura de segurança, sendo um importante pilar da arquitetura da segurança europeia.

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário foi assinado em 1987, entre o líder norte-americano, Ronald Reagan, e o líder soviético, Mikhail Gorbachev, prevendo a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, tanto nucleares como convencionais, com alcance correspondente a um intervalo entre 500 e 5.500 km.

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