Mais cedo, em uma entrevista ao canal Fox News, Trump revelou até que ponto sua administração planeja aumentar o potencial nuclear.
Foi comunicado que a mensagem do presidente era destinada à Rússia, China e "qualquer um que queira brincar a esses jogos".
Ao falar com o serviço russo da Rádio Sputnik, o analista Aleksandr Vedrussov prognosticou quais poderiam ser as medidas de resposta por parte da Rússia.
"Se estes acordos deixarem de vigorar, então passamos a não ter qualquer restrições — colocaremos tudo o que quisermos em quaisquer quantidades em Kaliningrado, 'cercaremos' os EUA: se quisermos muito, poderemos voltar para Cuba, há ainda Nicarágua, Venezuela e outros países, ou seja, daremos uma resposta simétrica às medidas que os americanos empreendem em torno de nós", manifestou.
Aliás, o especialista frisou que "não está preocupado" com as capacidades militares da Rússia, pois os efetivos russos "tem aperfeiçoado sua mestria" e testado novos tipos de armamento.
Na opinião dele, a abordagem norte-americana dos acordos internacionais reflete todo o conceito da política estadunidense em geral.
"Os norte-americanos estão aumentando as apostas no jogo. [Ex-secretário dos EUA Henry] Kissinger escreveu que isto é próprio dos norte-americanos — aumentar as apostas até o máximo, depois descartar com facilidade alguns pontos que eles inicialmente nem planejavam cumprir. Eles pretendem ter feito concessões, nós chegamos a um acordo a meio do caminho, e todo o mundo fica contente", analisou.
Ao concluir, o analista disse que a Rússia é capaz de "ganhar certos benefícios" da política de desestabilização do governo Trump, que ele trava continuamente justificando isso com alegados "interesses norte-americanos". Neste caso, Moscou deve se assegurar de alianças no flanco asiático, precisou.