Não vale brincar com os sistemas de defesa antiaérea S-400, escreveu a revista militar americana The National Interest, acrescentando que nenhuma força aérea gostaria de enfrentar os sistemas de defesa antiaérea russos em combate.
A edição assinalou que ao redor dos sistemas S-400 há sempre discussões acesas. Os EUA ameaçam com sanções apenas pela compra dos sistemas de defesa antiaérea russos, mas as potências mundiais não perdem o interesse por esses sistemas, o que é confirmado pela assinatura de vários acordos sobre fornecimentos dos sistemas russos.
As capacidades do S-400 podem parecer um salto importante em comparação com os indicadores do seu antecessor. No entanto, muitas peculiaridades avançadas, inclusive a intercepção de mísseis balísticos e os mísseis de módulos intermutáveis, estão presentes há muito, ou seja, o S-400 é baseado nas vantagens do S-300, mas se tornou ainda mais mortífero, declarou a edição americana.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o politólogo militar e professor universitário Andrei Koshkin comentou o artigo da The National Interest.
"É necessário levar em conta o fato indisputável de que o S-400 é um sistema único de defesa antiaérea que corresponde a todas as exigências modernas e que nenhum país do mundo tem algo semelhante. Isso é confirmado pela compra do S-400 pela China, Índia, Turquia, contra o que se manifestam seriamente os EUA", comentou o especialista.
"Hoje em dia, nós podemos falar do caráter único desse armamento defensivo, que é necessário em uma situação geopolítica complicada", concluiu Andrei Koshkin.
O sistema de mísseis antiaéreos S-400 Triumph (AS-21 Growler, conforme a classificação da OTAN) é capaz de abater aparelhos aéreos com tecnologia furtiva, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos estratégicos e tático-operacionais. O S-400 possui um alcance de até 400 km, variando conforme os mísseis utilizados.