De acordo com a edição, uma administração mais confiante, em vez de romper o tratado, consultaria seus aliados da OTAN e "faria" a Rússia se sentar à mesa das negociações, mostrando que o Kremlin "não iria conseguir provocar o pânico na Aliança e destruir todos os tratados".
Enquanto isso, a liquidação dos mísseis de curto e médio alcance tornou impossível a escalação gradual desde a utilização de armas convencionais até ataques nucleares. Agora, após o colapso da URSS, segundo o autor do artigo, são os EUA e a OTAN que têm supremacia em armas convencionais. O rompimento do tratado prejudica os interesses de Washington.
Além disso, a edição aponta que a Rússia está interessada no rompimento do tratado e, alegadamente, vinha provocando os EUA a dar este passo, violando constantemente o mesmo. Segundo o autor, Moscou está tentando "intimidar" os aliados de Washington com o fantasma de uma guerra regional.
Enquanto isso, o autor da matéria considera como inconsistente a argumentação dos EUA, que afirmaram estar saindo do tratado para pressionar a China. Segundo ele, Washington não dispõe de mísseis aptos para uma "guerra nuclear limitada na Ásia", nem de bases para seu posicionamento.
Em 20 de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que seu país abandonaria o Tratado INF, alegando supostas violações do acordo pela Rússia.
Mais tarde, o presidente estadunidense acrescentou que os EUA aumentarão suas capacidades nucleares até que os outros países, como a Rússia e a China, "retomem a razão".