Recentemente, o vice-ministro russo da Defesa, Aleksandr Fomin, afirmou que na Síria, "os terroristas têm as capacidades técnicas para até mesmo penetrar nas frequências de rádio usadas pela aviação russa", adicionando que para atingir isso, "eles necessitam de um equipamento especial".
Nessa conexão, Vladimir Kozin, analista militar e investigador do Centro de Pesquisas Político-Militares da Universidade MGIMO, afirmou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik que, na Síria, os combatentes recebem ajuda técnico-militar e financeira desde o início da guerra civil nesse país árabe.
"Desde o início dos acontecimentos sírios, os países-chave do Ocidente, liderados pelos Estados Unidos, bem como seus aliados na região que não fazem parte da OTAN, ajudaram e continuam apoiando os grupos armados no território da República Árabe Síria, inclusive as organizações terroristas", afirmou.
Na opinião dele, é difícil crer como "esses grupos armados poderiam existir durante sete anos se não recebessem tal apoio permanente".
Para ilustrar a interação direta entre os militares norte-americanos e os combatentes que operam na Síria, o especialista deu o exemplo da zona militar fechada ao redor de base estadunidense de Al-Tan, na província de Homs.
"Nessa conexão, vale a pena prestar atenção especial à zona militar fechada que os militares criaram ilegalmente ao redor da base de Al-Tan, no sudeste da Síria, perto da fronteira com a Jordânia. A base foi ela própria criada de forma totalmente ilegal, sem permissão do Governo sírio e sem autorização do Conselho de Segurança da ONU — e, ao redor dela, um vasto território continua sendo uma zona onde, na proximidade dos militares norte-americanos, permanecem vários grupos extremistas", indicou.
"E é evidente que nessa área há uma interação muito estreita entre os militares dos EUA e esses agrupamentos", adicionou em conclusão.