"Há 700.000 imigrantes ilegais", disse Babis em entrevista ao jornal britânico The Guardian. "Eles precisam ir para casa", acrescentou.
Babis há muito se queixa contra a implementação de cotas de imigrantes impostas pela União Europeia (UE), junto com os líderes da vizinha Eslováquia, Hungria e Polônia — coletivamente conhecidos como Grupo Visegrad. Ele já rotulou as cotas de "absurdas" e "não eficazes".
No auge da crise migratória em 2015, acreditava-se que aproximadamente 2 milhões de cidadãos não pertencentes à UE estivessem presentes nos Estados membros. Enquanto muitos destes eram refugiados fugindo da guerra civil devastadora da Síria, milhares também fizeram a viagem como migrantes econômicos da África.
Embora o número desses ilegais tenha caído para 618.780, de acordo com as estatísticas de 2017 do Eurostat, Babis acredita que tanto os migrantes econômicos quanto os refugiados devem voltar para casa.
"Essas pessoas devem ficar em casa e devemos ajudá-las na África. As pessoas em volta da Síria […] elas gostariam de voltar para casa", pontuou.
Em vez de um orçamento expandido para a agência de fronteira da Frontex, Babis acredita que os governos nacionais devem, ao invés, proteger suas próprias fronteiras e costas.
"Contrabandistas fizeram € 5,7 bilhões em 2016 e nós temos que pará-los", declarou.
Babis, junto com o húngaro Victor Orban, tem duvidado de uma Frontex expandida, acreditando ser uma tomada de poder por parte de Bruxelas para tirar o controle de fronteira dos Estados na fronteira do bloco.
Em vez disso, Babis sugere que a UE disponibilize fundos para ajudar a desenvolver países africanos como o Plano Marshall, a iniciativa de ajuda dos EUA que ajudou a reconstruir a Europa Ocidental após a Segunda Guerra Mundial.
Babis acredita que isso ajudaria a convencer os migrantes em potencial a permanecer em seus próprios países.
"Eles têm sua cultura, nós temos nossa cultura", afirmou. "Eles têm seus valores, mas queremos manter nossos valores".