Com o radicalismo que marcou as eleições deste ano, o período entre o segundo turno e a posse promete ser muito mais que apenas um período de transição.
"As eleições no Brasil ficaram mais estreitas. Nós temos a eleição passada que em 2014 foi aquela com a menor margem, essa é a segunda menor margem. Talvez isso venha a ser o nosso normal. Então temos uma sociedade mais dividida com eleições mais equilibradas, a não ser em momentos muito específicos", declarou.
"No início, o presidente 'pode tudo', se ele souber que caminho que ele quer trilhar, que proposições que ele gostaria de apresentar, o custo de negociação é menor, o Congresso é disposta, existe uma 'lua de mel'. Mas depois de algum tempo, esse tempo é incerto, essa lua de mel vai embora, e as negociações se tornam mais complicadas", observou.
Segundo ele, é importante observar a partir de hoje os seus planos de Bolsonaro para a escolha dos ministérios.
Alberto Carlos Almeida acrescentou que se o Bolsonaro conferir muitos ministérios a militares, ele diminui novamente a sua margem de negociação com a Câmara e o Senado.
"Os presidentes que menos respeitaram essa regra de estabilidade ao governo foram Collor e Dilma, e os que mais respeitaram foram Fernando Henrique e Lula", concluiu.