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Mídia: Ex-embaixador dos EUA sugere que Brasil se junte à OTAN

© AFP 2023 / Justin TALLISBandeira da OTAN com um militar em fundo
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O ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil Thomas Shannon defendeu em entrevista à BBC, a entrada do país na OTAN. Para o diplomata, participar da Aliança daria ao Brasil a "oportunidade para se envolver e trabalhar diretamente não apenas em questões militares e das forças armadas, mas em tudo que for ligado a segurança nacional e global".

Nomeado pelo ex-presidente Barack Obama em 2009. Shannon foi embaixador no Brasil até setembro de 2013, quando foi substituído por Liliana Ayalde. Diplomata de carreira e profundo conhecedor da América Latina, o diplomata defendeu durante entrevista com a BBC que o Brasil se candidate como "membro-afiliado" da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

"O lado importante de se alinhar com os países da OTAN é que esta é provavelmente o principal arranjo coletivo de segurança no mundo e liga algumas das forças armadas mais capazes e inovadoras do mundo", disse Shannon, afirmando ainda que uma decisão desta importância daria ao Brasil a oportunidade de trabalhar em desafios globais. "É uma ideia interessante, acho que sublinha a criatividade que existe em parte da equipe que o presidente eleito reuniu e vamos ver qual será a resposta", completou em referência à eleição de Jair Bolsonaro.

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Quanto ao apoio da atual administração dos EUA à associação do Brasil na aliança, Shannon não respondeu diretamente. "Eu torço para que sim", declarou.

Na mesma entrevista, Shannon considerou ainda que a Venezuela dominará a agenda de cooperação entre EUA e Brasil. Ele, porém, disse não apoiar a ideia já ventilada por Donald Trump e pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro em invadir Caracas e forçar a mudança de Regime. "Essa é uma pergunta que você vai precisar fazer ao presidente eleito e à sua equipe. Mas uma intervenção militar na América do Sul é algo que não acontece há muito, muito tempo. Não é uma boa ideia".

Se seguir a proposta do ex-embaixador, o Brasil se tornará o segundo país latino a se juntar à Aliança, em um movimento inaugurado pela Colômbia em março deste ano depois de 5 anos de negociações. Afeganistão, Austrália, Coreia do Sul, Iraque, Mongólia, Japão, Nova Zelândia e Paquistão mantêm o mesmo status.

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