O analista afirma que os Estados Unidos continuam apoiando militarmente as unidades turcas. Apesar disso, Ancara tem que esperar pela implementação completa da rota norte-americana em Manbij, o que pode demorar muito.
Os EUA ainda não cumpriram suas promessas relacionadas a Manbij, onde atualmente há 7.000 membros da milícia curda. O analista acredita que isso "não seja possível, já que a eliminação das unidades curdas não beneficia os interesses de Washington".
"Pelo contrário, os norte-americanos fortaleceram suas posições na região, construíram novas bases e aeródromos militares e implantam sistemas de radares. Tudo aponta que, em último instante, a Turquia será obrigada a adotar medidas decisivas, algo que tornará inevitável uma ofensiva a leste do Eufrates", disse o analista.
Pelo fato da região representar aproximadamente 30% do território sírio, a ofensiva na região constitui uma "necessidade urgente" para Ancara.
Na terça-feira (30), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o país otomano começaria em breve uma operação contra as unidades curdas a leste do Eufrates.
"Não permitiremos que seja criada uma estrutura terrorista a leste do Eufrates, a destruiremos; em breve iniciaremos uma operação de grande escala contra as forças armadas curdas no leste do Eufrates", afirmou o presidente.