No fim do mês passado, a Agência de Defesa contra Mísseis, que integra o Departamento de Defesa dos EUA, comunicou que o Exército dos EUA testou com sucesso o seu sistema de defesa antimíssil Aegis, tendo interceptado um míssil balístico de médio alcance.
O Pentágono considerou esse teste um momento-chave no desenvolvimento do programa norte-americano de defesa antimíssil.
Em seu artigo para a edição russa, o periodista Yuri Podoyaka comparou esse último avanço dos EUA com o desenvolvimento tecnológico da Rússia nesse setor.
"Sem dúvida, esse é um avanço muito esperado do conceito técnico norte-americano, mas a Rússia está atualmente retirando do serviço militar esse tipo de alvos e passando para uma nova geração de ogivas, contra as quais o novo míssil dos EUA é totalmente incapaz de lutar", comentou.
"Todo o conceito do sistema de defesa antimíssil integrado do Aegis é incapaz de combater contra os novos mísseis russos e, desde o início, esse sistema era um beco sem saída."
Hoje, o novo projétil pode atingir uma altitude de até 500 km e destruir alvos à distância de várias centenas de quilômetros, admite o autor do artigo.
"É uma verdadeira obra-prima da tecnologia, mas absolutamente inútil para lutar contra os mísseis balísticos intercontinentais de seu provável adversário, a Rússia."
A única possibilidade de abater os novos mísseis russos parece ser interceptá-los na fase inicial da trajetória, diz o jornalista, especialmente se os destróieres Arleigh Burke Flight III tentarem interceptar os mísseis lançados dos submarinos russos.
No entanto, a Rússia desenvolve meios para privar os EUA também dessa possibilidade, posicionado os sistemas de mísseis antiaéreos S-400 Triumph, e no futuro, os S-500 Prometei a bordo dos seus submarinos da classe Borei.
Seu principal objetivo é proteger o território russo de ogivas nucleares dos EUA, escreve o colunista.
"Durante os 20 anos de sua existência, o programa antimíssil estadunidense Aegis continua sendo um entretenimento muito caro e uma forma muito conveniente de os almirantes e corporações obterem renda", apontou o periodista.