Essa área apareceu em resultado da erupção vulcânica mais profunda já conhecida no planeta Terra, que ocorreu em 2015 a aproximadamente 4-4,5 quilômetros debaixo do nível de mar, comunica a revista Frontiers in Earth Science.
Localizada quase na cúspide da Fossa das Marianas, essa área estende-se por 7,3 quilômetros sobre a região conhecida como Mariana Trough — uma bacia em arco. Os investigadores destacam que o vidro surgiu em resultado de o magma fundido ter encontrado fluxos de água fria e imediatamente se esfriou.
Até o momento os cientistas não sabem ao certo quando ocorreu essa erupção do vulcão submarino. No entanto, há bases para supor que isso ocorreu apenas uns meses antes de dezembro de 2015.
Depois de desaparecer o calor inicial da lava após a erupção, as correntes trazem várias espécies marinhas para que habitam essas áreas o que leva a criação de novos ecossistemas, indicam especialistas da NOAA.
"Vulcões submarinos podem ajudar a nos informar sobre como funcionam os vulcões terrestres e como influem na composição química dos oceanos, o que pode afetar significativamente os ecossistemas locais", revelou o geólogo Bill Chadwick, da NOAA.
A primeira visita tripulada à fossa das Marianas, que fica a 11.034 metros de profundidade, foi realizada pelo norte-americano Don Walsh e o suíço Jacques Piccard, em 1960, a bordo do batiscafo Trieste. Em 2012, o diretor de cinema James Cameron repetiu a façanha, se tornando a primeira pessoa a chegar lá sozinha.