A manifestação contou com a participação de cerca de 100 pessoas — jornalistas, deputados, ativistas de direitos humanos e colegas de Kirill Vyshinsky, incluindo o diretor-geral da agência Rossiya Segodnya, Dmitry Kiselev, e a editora-chefe da Sputnik e do RT, Margarita Simonyan.
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Os participantes da ação entoaram "Liberdade a Kirill Vyshinky", segurando cartazes com o mesmo lema e carretéis de linha branca simbolizando que o caso do jornalista foi falsificado de forma pouco hábil. Ninguém da embaixada ucraniana saiu para falar com os manifestantes.
A manifestação foi organizada por ocasião do Dia Internacional para Acabar com a Impunidade por Crimes contra Jornalistas, que se celebra em 2 de novembro. A data foi estabelecida em 2013 por resolução da Assembleia Geral da ONU em homenagem a dois jornalistas franceses assassinados em Mali. O documento condena quaisquer ataques e atos de violência em relação a jornalistas e funcionários da mídia.

Caso Vyshinky
O chefe do portal RIA Novosti Ucrânia foi detido em Kiev no dia 15 de maio deste ano, acusado de apoiar as autoproclamadas República Popular de Donetsk (RPD) e República Popular de Lugansk (RPL). O jornalista pode ser condenado a 15 anos de prisão.
Em 17 de maio, o tribunal de Kherson autorizou a prisão do jornalista. Sua defesa apresentou apelação, mas esta foi recusada pelo tribunal. Durante uma audiência, Vyshinsky pediu ajuda ao presidente russo Vladimir Putin e também disse que abandonaria a cidadania ucraniana.
Vladimir Putin se referiu à prisão de Vyshinsky como sendo algo sem precedentes, tendo Moscou enviado uma nota de protesto a Kiev exigindo o fim da violência contra jornalistas.