Patrick Nogueira, de 21 anos, fugiu para o seu país natal, o Brasil, pouco depois do assassinato na casa da família, na aldeia de Pioz, perto do centro de Guadalajara, em agosto de 2016.
Ele retornou à Espanha em outubro de 2016 e entregou-se à polícia depois que os cadáveres da família foram encontrados em sacos plásticos em sua casa. O tio e a tia de Nogueira, ambos da Paraíba, no nordeste do Brasil, foram desmembrados.
A defesa argumentou que Nogueira sofria de um "distúrbio mental" e esperava que sua confissão diminuísse a sentença. O júri considerou que Nogueira "matou intencionalmente" as quatro vítimas.
"Ele sabia o que era bom e ruim, e as consequências. Não foi um ato errático, foi planejado e ele sabia das consequências", concluiu o júri.
Nogueira será sentenciado em uma data posterior. Ele deve receber uma sentença de vida de pelo menos 25 anos.
No dia de abertura de seu julgamento, Nogueira disse que não conseguiu controlar suas emoções.
"Tenho notado que as minhas emoções, o modo como me comporto, o modo como reajo, não é o mesmo que os outros, é sempre agravado", declarou.
"Se eu pudesse controlá-lo, seria maravilhoso, não só para mim, mas para os outros. Eu teria gostado se nada disso tivesse acontecido […] Eu não escolhi funcionar da maneira que eu trabalho", acrescentou.