É evidente que qualquer conflito armado internacional que envolva mais de dois lados logo se torna em uma espécie de "exposição" de armamentos e equipamentos de diferentes construtores, pois todos os grandes jogadores geopolíticos costumam apoiar seus aliados e "proxies" — ou seja, terceiras forças utilizadas em um conflito indireto.
Convidado do passado
Na época, tendo feito apenas alguns disparos, o carro foi eliminado por um T-72 das tropas governamentais. Já depois, quando os especialistas russos e sírios fizeram a inspeção do veículo, se revelou que era um antigo tanque britânico Centurion MK 3, produzido na década de 50. A primeira modificação do veículo fora realizada ainda na época da Segunda Guerra Mundial!
A terceira série destes tanques com canhões QF 20 pounder de 83,8 mm foi pouco numerosa — apenas 700 unidades. Entretanto, os veículos desta série chegaram a participar dos combates no Oriente Médio e em numerosos conflitos árabe-israelenses, bem como na Guerra Irã-Iraque.
O Centurion MK 3 que acabou nos mãos dos terroristas da Frente Al-Nusra era proveniente da Jordânia, que havia comprado cerca de 300 tanques desse tipo ao Reino Unido.
Blindados para os curdos
Em algumas das fotos captadas durante o conflito sírio se pôde ver uma modificação do veículo de combate de infantaria Badger, que os norte-americanos têm usado para armar o exército iraquiano desde 2007. Havia duas variantes deste blindado: de quatro e seis rodas, com capacidade para 10 e 16 combatentes, respectivamente. Ele possui um compartimento blindado que protege eficazmente a tripulação de explosões de minas de produção caseira e ataques de armas de fogo com calibres de até 12,7 mm.
Armas nazistas
Os militares das tropas governamentais sírias apreendem frequentemente fuzis de assalto StG 44 Sturmgewehr, usados pelos nazistas no período entre 1943 1945.
Em pleno início do conflito civil, alguns grupos da oposição armada invadiram os paióis em Aleppo, onde se encontravam 5 mil unidades destes fuzis. Na época, eles se disseminaram por toda a Síria, mas em uma variante modificada de forma amadora. Os militantes instalaram inclusive neles trilhos Picatinny para montar miras telescópicas e tentaram fazer muitas outras mudanças bem estranhas, que provavelmente deixariam o construtor alemão Hugo Schmeisser bem surpreendido.
Entretanto, não é a existência destes fuzis no Oriente Médio que deixa o autor do texto chocado, pois os alemães produziram quase meio milhão destas armas, que posteriormente foram fornecidas a duas dezenas de países. O mais marcante é que a produção de munições de 7,92х33 mm de calibre foi parada em 1945. Ao que parece, os alemães apostavam muito nesta arma e fabricaram tal quantidade de munições que chegou para quase 80 anos!
Já faz muito que se fala sobre os sistemas móveis de mísseis que estariam em serviço dos militantes na Síria. Essa pressuposição foi confirmada em 3 de fevereiro do ano corrente, quando na província de Idlib um caça-bombardeiro Su-25 foi abatido por um míssil. Até hoje não está claro de que tipo de arma se trata. De acordo com uma das versões, teria sido uma modificação do sistema chinês HY-6.
A China exportava esse armamento para vários países — a Malásia, o Camboja, o Peru, o Paquistão e algumas unidades teriam acabado nas mãos de terroristas. O sistema de mísseis é capaz de eliminar alvos aéreos nas altitudes entre 500 e 5 mil metros. O alcance é de 500 até 5.000 metros na distância e entre 15 metros e 3,5 quilômetros em altitude.