De acordo com a revista alemã Telepolis, os EUA não conseguiram retirar completamente o petróleo iraniano do mercado internacional, pois mesmo os aliados de Washington continuam comprando o óleo natural do Irã.
Além disso, por causa das sanções, os preços do petróleo aumentaram e a quantidade de hidrocarbonetos iranianos no mercado diminuiu, beneficiando, assim, a Rússia, que planeja continuar comerciando com o Irã com ou sem sanções.
Imediatamente depois de os EUA anunciarem a saída do acordo nuclear iraniano e as novas sanções contra Teerã, os preços do petróleo e gás começaram a crescer, destaca a revista.
Ao mesmo tempo, a revista apontou mais uma possível consequência das sanções econômicas norte-americanas: a Rússia pode se beneficiar delas. Por um lado, graças às restrições ao petróleo iraniano, Moscou poderá aumentar presença no mercado internacional, especialmente no europeu, chinês e sul-coreano. Por outro lado, poderá comprar óleo bruto iraniano e, assim, apoiar o parceiro do Oriente Médio enquanto continua exportando uma quantidade maior de petróleo.
Segundo dados da edição, a Rússia planeja comprar 100 mil barris de óleo iraniano por dia em troca de automóveis e produtos alimentícios russos. Consequentemente, se o petróleo no mercado mundial recomeçar a mais caro, Moscou e Teerã serão as que ganharão.