Moro estava de férias e trabalhava no planejamento de seu futuro cargo como ministro. Sua decisão de entrar de férias e não pedir exoneração foi alvo de críticas.
O magistrado defendeu-se dizendo que "não enriqueceu" no serviço público e que precisava de seu salário como juiz.
Na nota em que pede sua exoneração, Moro reconhece que pretendia pedir sua exoneração em janeiro de 2019, mas "houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo".
"Embora a permanência na magistratura fosse relevante ao ora subscritor por permitir que seus dependentes continuassem a usufruir de cobertura previdenciária integral no caso de algum infortúnio, especialmente em contexto no qual há ameaças, não pretendo dar azo a controvérsias artificiais já que o foco é organizar a transição e as futuras ações do Ministério da Justiça", também escreveu Moro.
O futuro ministro conta na nota que deixa a magistratura com "pesar".