Washington entende que essa expansão é uma ameaça para a segurança nacional e interesses econômicos, tanto dos EUA como de seus aliados, por isso, o alvo da comissão continuou sendo a expansão chinesa antes do encontro entre o líder americano, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 que decorrerá na Argentina.
Entretanto, Pequim considera essas acusações como impróprias e parciais, além de acreditar que os EUA pretendem utilizar essas acusações para tentar interferir nos assuntos internos do país.
Para o especialista da Universidade de Finanças e Economia Shanxi, Li Kai, o relatório é um profundo erro e que esse desentendimento é resultado da "demonização da China", pois segundo o especialista "[…] não importa o que a China faça, no Ocidente isso é interpretado como um plano do mal […]".
Além disso, Li Kai afirma que a intenção da China em promover a Iniciativa do Cinturão e Rota está ligada à capacidade econômica superavitária do país, principalmente com relação à construção de infraestrutura, enfatizando que "[…] a China está disposta a oferecer créditos. Isso é uma estratégia de ganho total para a China e todo o mundo".
Já o vice-presidente americano, Mike Pence, acredita que a melhor, senão a última, chance de evitar uma guerra fria com os EUA seria a China realizar as mudanças em grande escala exigidas pelos EUA.
Li Kai não esconde que a China está se desenvolvendo rapidamente, e deixa claro que a intenção do país é expandir sua influência pelo mundo, o que estaria deixando preocupados os americanos, que estão tentando conter o crescimento chinês através de guerra informativa. Porém, é tarde demais para isso, visto que a China já se tornou em um dos líderes em alta tecnologia e finanças. Devido a isso, os americanos terão de aceitar que podem perder sua posição dominante e ficar fora do caminho.