Os especialistas realizaram o estudo usando o método paleomagnético, que permite determinar a localização das placas tectônicas e sua deslocação no espaço milhões anos atrás. A análise de amostras de rochas de vários arquipélagos árticos, inclusive a Terra de Francisco José, Nova Zembla, Severnaya Zemlya e ilhas da Nova Sibéria, permitiram os geólogos examinar a "biografia" da Arctida.
Segundo os cientistas, o continente existiu e "tentou se formar" duas vezes. Pela primeira vez, as placas tectônicas se juntaram milhões de anos atrás, quando a Arctida fazia parte do supercontinente Rodínia. Cerca de 750 milhões de anos atrás, o continente se desintegrou completamente, comunicou a edição.
Eles examinaram também o mito sobre um antigo país do norte, Hiperbórea, e seu povo, descritos pelo naturalista romano Plínio, o Velho. Os geofísicos têm a certeza de que a hipótese sobre a pertencimento desse mítico país à Arctida não suporta a crítica.
"Nós falamos de um corpo geológico que existiu centenas de milhões de anos atrás. É óbvio que nenhuma civilização podia existir naquele tempo", ressaltou o pesquisador do laboratório de geodinâmica e paleomagnetismo, Nikolai Matushkin.