Almirante russo explica como submarino argentino pode ser resgatado

© REUTERS / Marina DevoFamiliares dos tripulantes do submarino argentino naufragado ARA San Juan reunidos perto da base da Marinha argentina em Mar del Plata, 17 de novembro de 2018
Familiares dos tripulantes do submarino argentino naufragado ARA San Juan reunidos perto da base da Marinha argentina em Mar del Plata, 17 de novembro de 2018 - Sputnik Brasil
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Com as tecnologias existentes hoje, é possível retirar do mar o submarino naufragado ARA San Juan, mas a operação será extremamente cara, opinou à Sputnik o ex-comandante da Frota do Báltico, almirante Vladimir Valuev.

Recentemente, a Marinha argentina informou ter encontrado o submarino desaparecido com sinais de deformação e implosão. O ARA San Juan foi descoberto na noite de sexta-feira (16) pela empresa americana Ocean Infinity a 500 quilômetros da costa e a mais de 900 metros de profundidade.

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Para o almirante, há dois cenários possíveis para o caso do submarino: declarar o local do acidente como sepultura militar e marcar suas coordenadas, ou retirar o submarino do leito marinho, mas esta é considerada uma opção muito cara.

Segundo Valuev, os EUA e a Suécia atualmente dispõem de tecnologias para tais operações. Especialistas russos também têm experiências em remover submarinos do fundo do mar, como o caso do submersível Kursk, que foi erguido em 2001 pela Rússia com ajuda de equipamento suecos.

"Teoricamente, é possível retirar [o ARA San Juan] a 900 metros de profundidades usando um guindaste e pontões, mas há muitos fatores que dificultam o trabalho, em particular, a grande profundidade, correntes submarinas, condições climáticas e afastamento da costa", explicou o almirante.

O ministro da Defesa argentino, Oscar Aguad, também comentou sobre o alto custo do possível resgate da embarcação. O ministro afirmou em entrevista ao canal América, que o país não tem meios e tecnologias para extrair o submarino.

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Antes da resposta de que poderia haver uma tecnologia compatível, avaliada em cerca de US$ 4 bilhões (R$ 14,9 bilhões), Aguad declarou que, "se custa 4 bilhões de dólares para retirá-lo, seria um desatino investir esses recursos [nisso]".

O ARA San Juan, um dos três submarinos com que contava a Argentina, informou sua última posição em 15 de novembro de 2017 quando navegava de Ushuaia à sua base naval em Mar del Plata, encontrando-se a 432 quilômetros da costa.

Duas horas depois do último contato com a base, foi registrada uma explosão a 48,28 quilômetros da última posição da embarcação.
A companhia Ocean Infinity, que ajudou a encontrá-lo um ano depois, cobrará US$ 7,5 milhões (R$ 28 milhões) por seu trabalho.

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