O Ministério de Relações Exteriores do Paquistão disse que queria confrontar o diplomata norte-americano "para registrar um forte protesto contra as alegações injustificadas e infundadas" contra o país asiático.
Nos últimos dias, Trump atacou o Paquistão em sua conta no Twitter e em uma entrevista à Fox News, dizendo que o Paquistão não estava fazendo o suficiente para apoiar a luta dos EUA contra o Talibã e acusá-lo de proteger secretamente o líder terrorista Osama bin Laden. Ele ameaçou acabar com a ajuda militar dos EUA a Islamabad, que ele já cortou este ano.
A retórica enfureceu muitos paquistaneses, incluindo o primeiro-ministro Imran Khan, que declarou que poucos aliados americanos se sacrificaram tanto quanto o Paquistão, enquanto apoiavam a luta contra o terrorismo.
A declaração do ministério rejeitou a afirmação de que o Paquistão estava de alguma forma protegendo Osama bin Laden, dizendo "que foi a cooperação de inteligência do Paquistão que forneceu a evidência inicial para rastrear o paradeiro" de Bin Laden. Ele chamou as alegações de Trump de "infundadas" e "totalmente inaceitáveis".
Trump é bem conhecido por seu hábito de ameaçar países, que ele percebe como abusar da generosidade americana. Ele acusou repetidamente os aliados europeus da OTAN de serem aproveitadores devido ao seu fracasso em atender aos padrões de gastos da defesa do bloco.
Nações latino-americanas como Guatemala, Honduras e El Salvador receberam tratamento semelhante devido a uma falha em impedir a chamada caravana de pessoas que tentavam atravessar para os EUA e buscar asilo lá.