O chefe do Conselho para a indústria de gás e mercado de gás natural da Ucrânia, Leonid Unigovsky, expressou sua opinião em uma entrevista ao Canal 24.
"Agora Ucrânia precisa direcionar nossos esforços para impedir a construção da segunda linha da Corrente Turca. Porque então isso reduziria ainda mais o volume do bombeamento de gás através da Ucrânia para a Europa", relatou ele.
"Mas existem poucas chances de continuar bombeando 70-90 bilhões de metros cúbicos através do nosso sistema de transporte de gás. Seria realista — 40-60 bilhões. Se decidirmos agora a questão dos parceiros estrangeiros", acrescentou ele.
Na véspera (19), a empresa russa Gazprom completou a construção da seção submarina do gasoduto Turkish Stream com mais de 900 quilômetros de comprimento. A seção submarina vai da estação russa de compressores Russkaya, na proximidade de Anapa, pelo fundo do mar Negro, até à costa da Turquia, na área da povoação de Kayakoy.
O chefe do Centro de Estudos de Economia Política do Instituto de Globalização e Movimentos Sociais, Vasily Koltashov, comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik o comportamento político da Ucrânia.
"É claro que as autoridades ucranianas não podem parar o processo, não podem influenciar como os projetos estão sendo implantados na indústria do gás — eles não têm tais mecanismos. A única coisa que resta para eles é contar as perdas, deplorar e, ao mesmo tempo, adicionar mais dureza às suas declarações políticas", disse Vasily Koltashov.
O projeto Turkish Stream prevê a construção de um gasoduto através do mar Negro, que consiste em duas linhas com capacidade de 15,75 bilhões de metros cúbicos cada. A primeira destina-se ao fornecimento de gás aos consumidores turcos, a segunda — aos países do sudeste e do sul da Europa.
De acordo com o plano, todos os trabalhos deverão ser concluídos em dezembro de 2019.