Segundo as pesquisas do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo (NSIDC, na sigla em inglês), desde 1981 a área de gelo no Ártico diminuiu significativamente.
"Essas mudanças podem contribuir para o aumento da atividade comercial ou outras atividades marítimas na região, o que a par das disputas sobre direitos soberanos pode exigir dos EUA o aumento no Ártico da presença de suas Forças Armadas e forças de segurança interna", ressalta o estudo do Escritório de Prestação de Contas do Governo dos EUA.
Assinala-se que os EUA devem possuir as necessárias capacidades militares para defender seus interesses no oceano Ártico, e se sublinha que a região possivelmente teria 13% das reservas mundiais de petróleo não exploradas, 30% do gás, bem como jazidas de ouro, zinco, platina e níquel estimadas em 1 trilhão de dólares.
O GAO diz que os representantes da Guarda Costeira dos EUA consideram os investimentos russos em energia, logística e infraestrutura ao longo do oceano Ártico como um "fator de risco" e preveem o aumento da probabilidade de "incidentes marítimos" na região.
Segundo a opinião dos especialistas russos, por trás de tal retórica os norte-americanos escondem sua insatisfação pelo seu atraso em comparação com o nível de desenvolvimento da infraestrutura russa e seus planos de aumentar sua influência na região.