Mais cedo, o representante especial dos EUA para a Síria, James Jeffrey, disse em entrevista à RIA Novosti e ao jornal Kommersant que os Estados Unidos, embora considerem o presidente sírio Bashar Assad como um criminoso de guerra, não pretendem mudar a liderança na Síria e não querem que ela colapse, mas ao contrário, defendem a integridade territorial da República Árabe.
De acordo com o cientista político, a presença dos militares russos na Síria muda completamente a situação, impossibilita todos os projetos dos EUA de dividir o território do país. A repetição do cenário líbio é impossível devido à presença de tropas russas.
"Portanto, tais declarações são um movimento tático destinado a remover as acusações contra os EUA como país agressor, que não foi convidado ao território, e que até ameaça o atual regime", afirmou o cientista, acrescentando que depois destas declarações as acusações aparentemente são retiradas e os EUA ficam aos olhos da comunidade internacional como combatentes contra os terroristas, o que já parece nobre.
"Os Estados Unidos levam em conta o fato de que, enquanto a Rússia estiver presente na Síria, será necessário coordenar suas ações com ela", observou ele.
A coalizão liderada pelos EUA atua desde 2014 no Iraque e na Síria com o alegado objetivo de derrotar o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países), o autoproclamado Estado Islâmico. No entanto, as ações da coalizão na Síria são realizadas sem autorização das autoridades do país.