"Sem dúvida, a Rússia representa hoje uma ameaça maior à nossa segurança nacional do que extremistas islâmicos, como a Al-Qaeda ou o Daesh", afirmou Carleton-Smith em entrevista ao jornal.
Ele alegou que a ameaça do Daesh se tornou menos importante desde que seu "califado" foi destruído na Síria e no Iraque, e agora o Reino Unido e seus aliados precisam "se concentrar" na ameaça russa.
"A Rússia está tentando estudar e tirar proveito das vulnerabilidades do Ocidente. Não podemos menosprezar a ameaça que a Rússia representa", declarou.
Segundo Carleton-Smith, o "apoio ao potencial da OTAN e a unidade dos seus países membros" deve ser "a resposta militar tradicional" à Rússia.
O presidente russo Vladimir Putin disse em outubro passado que a Rússia não ameaça ninguém e cumpre rigorosamente todos os seus compromissos relacionados à segurança internacional e ao controle de armas.
No entanto, Putin alertou que Moscou fará todo o necessário para se defender "contra qualquer ameaça potencial".
O líder russo também questionou a própria existência da OTAN após o ano de 1991, quando a União Soviética e o Pacto de Varsóvia se desintegraram.
"Dá a impressão de que a OTAN precisa de um inimigo simplesmente para ter razão de ser, e é por isso que está sempre procurando um adversário ou lançando provocações ao inventar rivais", comentou Putin.