A Sputnik Mundo conversou com um acadêmico cubano para analisar a figura do líder revolucionário, que morreu em 25 de novembro de 2016, em um contexto de mudanças políticas na ilha e em toda a região em geral.
Hoje em dia, a ilha inaugura uma nova etapa em sua história, com adoção do Plano de Desenvolvimento até 2030, que estabelece inclusive o fortalecimento de seus laços com a comunidade internacional, graças ao qual já teve o apoio na ONU para acabar com o embargo "econômico, financeiro e social" que tem sido imposto à ilha desde 1962.
"No pensamento de Fidel se podem encontrar muitas chaves para compreender melhor o atual momento histórico na América Latina e no Caribe, mas também para compreender e encontrar as soluções que ele recomendava em todo o tipo de circunstâncias. Nele você pode encontrar um pensamento holístico, universal, muito marxista nesse sentido: não se trata apenas de compreender o mundo, mas de transformá-lo ", disse ele.
O acadêmico cubano analisou o passado, o presente e o futuro de sua nação, defendendo a validade das políticas e ideais promovidos ao longo de décadas por Fidel Castro e alertou para o avanço de governos como Donald Trump nos EUA e Jair Bolsonaro no Brasil.
"Fidel dizia que a união anti-imperialista é a tática e a estratégia da vitória", observa o cientista político.
"Eu tenho a impressão, como já aconteceu com muitas figuras da nossa história latino-americana e caribenha, de que em torno da figura e do legado de Fidel Castro continuará a haver uma disputa política e ideológica."
De acordo com ele, Fidel Castro certamente "entrará na história como um dos heróis das lutas dos povos da América Latina, do terceiro mundo por um destino melhor".