Recentemente, Charlie Gao, colunista da revista The National Interest, escreveu um artigo sobre os sistemas Buratino e sua versão modernizada, Solntsepyok. De acordo com o autor, estes complexos "mortíferos" são equipados com foguetes incendiários e termobáricos e se destinam a eliminar efetivos, bem como veículos blindados ligeiros e veículos automobilísticos do inimigo.
"Esta é a vantagem-chave do Buratino perante os sistemas lança-foguetes múltiplos tradicionais equipados com foguetes incendiários e termobáricos, pois é muito mais preciso e rápido que uma barreira de fogo disparada de modo indireto", explica Gao.
O especialista explica que o TOS-1A Solntsepyok é, de fato, uma atualização do Buratino construído ainda na década de 70 e usado na campanha soviética no Afeganistão, com foguetes de maior alcance — até seis quilômetros.
Ao falar com o serviço russo da Rádio Sputnik, o analista militar e chefe do Departamento de Ciência Política e Sociologia da Universidade Econômica Russa Plekhanov, Andrei Koshkin, explicou a razão pela qual foi dada uma avaliação tão alta aos armamentos russos pela parte norte-americana.
"Não há dúvida nenhuma de que os especialistas norte-americanos conhecem bem os sistemas lança-foguetes. É por isso que eles deram uma avaliação apropriada aos nossos Solntsepyok e Buratino. Na verdade, são os melhores sistemas lança-foguetes pesados de todos os já criados, eles correspondem às exigências das modernas ações militares em condições altamente difíceis", analisou.
Em opinião do especialista, "os norte-americanos sonham com veículos de combate desse tipo, mas não conseguem produzir nada parecido por enquanto".