A ação de bravura dos pilotos suecos ocorreu durante a Guerra Fria, em 1987, quando os pilotos da Força Aérea dos EUA, Duane Noll e Tom Veltri, estavam realizando uma missão rotineira a bordo de um SR-71 Blackbird sobre o mar Báltico, com o objetivo de espionar a União Soviética.
Entretanto, nas proximidades de Gotlândia na Suécia, o motor direito da aeronave explodiu no momento em que a aeronave estava voando a uma velocidade Mach 3. Fato dramático, já que a aeronave precisava manter velocidade e altitude para evitar eventual intercepção das forças de defesa soviéticas.
Porém, com a perda do motor direito, a aeronave em minutos caiu de uns 25 mil metros para aproximadamente 3 mil metros a 700 km/h.
Perante a situação de emergência, a tripulação da aeronave decidiu retornar a Gotlândia, violando o espaço aéreo sueco e provocando um alerta da Força Aérea sueca, que realizava com frequência exercícios de interceptação no local.
Os pilotos suecos Roger Moller, Krister Sjoberg, Lars Eric Blad e Bo Ignell receberam a medalha do Ar da Força Aérea dos EUA durante cerimônia realizada na residência do embaixador americano, em Estocolmo.
"Os pilotos decidiram prestar apoio à aeronave, defendendo-a de um potencial ataque de aeronaves de terceiros que poderiam tentar ameaçá-la", dizia a citação da medalha.
O SR-71 Blackbird é um avião de reconhecimento estratégico de longo alcance e de alta velocidade, sendo projetado como um black Project a partir do avião de reconhecimento da CIA, Lockeed A-12 Oxcart, criado na década de 50 e 60.