As informações foram divulgadas através do comunicado do representante oficial do Pentágono, coronel Robert Manning.
"Segundo a ordem de secretário [de Defesa norte-americana, James] Mattis, os EUA criaram postos de vigilância na região fronteiriça nordeste da Síria para resolver os problemas de segurança do nosso aliado da OTAN — a Turquia. Encaramos a sério os assuntos ligados à segurança da Turquia e pretendemos coordenar nossos esforços com a Turquia para garantir a estabilidade no nordeste da Síria".
No entanto, o comunicado não especifica nem o número exato e localização desses postos, nem o contingente militar que será lá deslocado.
Na semana passada, o ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, se reuniu com o representante especial dos Estados Unidos para a Síria, James Jeffrey, e apelou a Washington para não instalar quaisquer postos de vigilância na Síria. Em particular, o ministro turco disse que Ancara não permitirá aos EUA criar um "corredor terrorista" nas suas fronteiras meridionais.
Desde 2014, Washington enviou cerca de dois mil efetivos das forças de operações especiais para a Síria, argumentando a medida pelo combate ao grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em outros países). Damasco qualificou a presença americana no país como ocupação ilegal.
As tropas dos EUA na Síria oficialmente apenas apoiam e treinam as Forças Democráticas da Síria (FDS) que incluem milícias formadas principalmente por curdos e que controlam o nordeste da Síria. Defendem a criação de um estado curdo de orientação secular e democrático. Damasco considera as ações do grupo como ilegais e a Turquia acusa as FDS de ser uma extensão dos separatistas curdos turcos, que classifica como "terroristas".