Na opinião dele, o Ocidente considera que nas relações entre Pequim e Moscou há vários obstáculos que não lhes permitirão criar uma aliança estável. Por exemplo, a inimizade mútua com raízes históricas, as disputas territoriais e também a concorrência por esferas de influência na Ásia Central.
De acordo com Hawn, a maior vantagem que têm a Rússia e a China consiste em que nenhuma das partes representa um perigo existencial para a outra. Em particular, eles não pretendem impor sua política, pois sua concorrência se baseia em territórios e recursos. O Ocidente, pelo contrário, promove sua ideologia como a única correta que tem o direito de existir.
Ao mesmo tempo, o autor aponta para o fato que a Rússia e China são antigos impérios que se consideram "vítimas dos jogos de Estados ocidentais". Eles tencionam pôr fim à hegemonia dos EUA na arena mundial e garantir a sua própria segurança e seu crescimento econômico.
Assim, o colunista do jornal apela aos países ocidentais para que prestem atenção a essa aliança que ainda não é firme.
"É possível que tenha chegado o tempo para questionar se Moscou e Pequim conseguirão criar uma aliança ou, mais concretamente, se ela já existe e até que ponto se pode tornar poderosa", resumiu.