Se a Rússia e China mudarem a atual ordem mundial, liderada pelos EUA, tal provocaria consequências catastróficas, escreveu Tom Rogan na revista Washington Examiner.
Segundo ele, graças aos EUA, "o mundo se tornou melhor do que era antes", graças ao capitalismo norte-americano o mundo vive em prosperidade, sem guerras de grande envergadura e obtém vantagens dos frutos do progresso técnico. O jornalista assinalou também o papel da OTAN, que criou um equilíbrio entre a defesa dos interesses nacionais, dos aliados, e particulares.
A Rússia e a China, em sua opinião, ao contrário, revelam "indiferença pelos importantes princípios de humanidade", exemplificando com a sua política na Venezuela, dirigida para defender seus próprios interesses.
Tom Rogan é escandalosamente conhecido pela sua posição anti-russa. Em particular, em maio ele apelou no seu artigo à Ucrânia para explodir a ponte da Crimeia. Em resposta, o Comitê de Investigação da Rússia abriu um processo criminal contra o jornalista.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Vladimir Olenchenko comentou a posição do jornalista norte-americano.
"Penso que ele está ganhando a reputação de uma espécie de radical e mais ou menos tenta se incorporar na corrente dominante entre os representantes das autoridades americanas. Ou seja, ele possivelmente fala o que ouviu nos corredores. Com certeza, ele merece comiseração", disse.
Segundo Olenchenko, os slogans sobre a liberdade pressupõem a liberdade para os empresários e políticos norte-americanos fazerem o que quiserem. Quando falam da ausência de ações militares, falam de que não há guerra no território dos EUA.
"Em minha opinião, é primitivo, mas ele [Tom Rogan] insistentemente repete e coloca [essas ideias] nas cabeças dos que o ouvem. Provavelmente, ele está contente consigo próprio, e os que estão por trás dele também estão", concluiu o cientista político.