Anteriormente, Powell disse que as taxas de juros permanecem abaixo do amplo leque de estimativas do nível que seria neutro para a economia.
Para muito especialistas, levando em consideração uma lógica dedutiva, as palavras do representante sugerem que as mudanças na política monetária dos EUA impactariam diretamente a linha flutuante do dólar, ou seja, em sua cotação.
O codiretor da Goldman, Zach Pandl, assegurou à Bloomberg que o dólar poderia cair logo após a reunião da Reserva Federal, quando autoridades poderiam reduzir as projeções dos aumentos de 2019 de três para dois. Sobre isso comentou o analista Dr. Armando Fernandez Steinko, que acredita que "o problema da economia norte-americana é o déficit e a dívida", podendo esta ser paga somente se as taxas de juros forem elevadas, ou seja, "se o dólar seguir sendo suficientemente atrativo para atrair investidores".
"No final, teremos um movimento descendente do dólar por muitos anos. Na segunda metade do próximo ano, se o Fed realmente fizer uma pausa, a economia desacelerará e o resto do mundo se estabilizará, veremos um declínio na moeda norte-americana", disse a estrategista global da JP Morgan, Gabriela Santos.
Steinko ressalta que sem dúvida nenhuma, em médio prazo, as políticas do presidente Donald Trump "prejudicarão a economia dos EUA".
"Não devemos esquecer que é uma política que não se baseia em aumento de produtividade, não há aumento de investimento real, mas, sim, de investimento financeiro. Está crescendo, mas não existe uma sustância para que isso dure por muitos anos", conclui.