"A Venezuela [sic] estava com o seu Programa Mais Médicos, de forma unilateral. Pelos que sabemos, os 200 primeiros que foram embora eram agentes ou integrantes do Exército cubano. Eram aqueles que estavam aqui vigiando, tomando conta do trabalho escravo praticado por eles aqui dentro, com a conivência do PT e outros partidos, e resolveram sair antes, quando poderiam ser checados por nós agora em janeiro, tendo a confirmação que não tinham nada a ver com medicina", declarou Bolsonaro.
Nova Live (18/12/2018): Política Nacional. https://t.co/WUdf3Bydyx
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 18 de dezembro de 2018
Em 2013, ele já havia comparado os médicos cubanos com açougueiros. No mesmo vídeo, que segue os moldes de lives que o presidente eleito promete fazer pelo menos uma vez por semanas aos seus seguidores, Bolsonaro garantiu que fará o que puder "dentro da legalidade" contra os dois países, que foram desconvidados para a posse dele em Brasília em 1º de janeiro de 2019.
"Não convidamos o ditador cubano nem o ditador venezuelano. Afinal de contas, é uma festa da democracia. Lá não existem eleições e quando existem são suspeitas de fraude. Então, para nós, não interessa", pontuou o presidente eleito.
Nesta semana, foi revelado que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o mandatário de Cuba, Miguel Díaz-Canel, haviam sido convidados pelo Itamaraty para a posse, algo de praxe quando da posse de um presidente do Brasil em relação aos países com os quais Brasília mantém relações diplomáticas. Mas o novo chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, declarou que ambos não seriam convidados, o que gerou uma saia justa diplomática.
De Caracas, o convite foi publicado e recusado por Maduro, que recentemente prometeu armar milícias bolivarianas para defender o país do que chamou de ameaças vindas de Bogotá (Colômbia) e Brasília.
Bolsonaro ainda aproveitou a live para criticar a imprensa e sua cobertura de algumas notícias da semana, abordou a extradição do italiano Cesare Battisti – dando parabéns ao presidente Michel Temer (MDB) pela autorização do envio dele para Roma – e reforçou a ideia de rever a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, afirmando que ele deve ser integrado à sociedade.