"Surge também uma questão de princípio — a quem será estregue o controle sobre os territórios deixados pelos americanos? Obviamente, deve ser ao governo sírio, de acordo com o direito internacional e levando em conta o caminho escolhido pela Síria e o povo sírio. Mas ainda não temos dados sobre quaisquer contatos entre Washington e Damasco quanto a esse assunto", anunciou Zakharova durante a coletiva de imprensa.
A retirada das tropas americanas do território sírio não significa a cessação da atividade da coalizão internacional liderada pelos EUA, declarou a representante oficial da chancelaria russa.
"Os representantes oficiais americanos dão a entender que a retirada das tropas americanas do território sírio não significa a cessação da atividade da assim chamada coalizão internacional de luta contra o Daesh [grupo proibido na Rússia e em vários outros países]", disse Zakharova, acrescentando que não há declarações claras sobre a estratégia dos EUA, há apenas alusões e formulações veladas.
Além disso, Zakharova afirmou que não há um calendário claro da retirada das tropas americanas da Síria. A Rússia se orienta pelas informações da mídia, segundo as quais a saída completa do contingente terrestre dos EUA da Síria pode ser realizada no prazo de 2-3 meses.
Em 19 de dezembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a vitória sobre o Daesh na Síria, observando que esta era a única razão da permanência das tropas norte-americanas no país árabe. Mais tarde, a secretária de imprensa da Casa Branca Sarah Sanders informou que os EUA iniciaram a retirada das tropas da Síria, mas que a vitória sobre o Daesh não significa o fim da coalizão.