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'Não sou superministro': Paulo Guedes assume economia de Bolsonaro e prevê corte de gastos

© Foto / Fernando Frazão/Agência BrasilMinistro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes
Ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes - Sputnik Brasil
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O novo ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, prometeu nesta quarta-feira cortar gastos públicos, cujo crescimento descontrolado definiu como o maior problema do país.

"O diagnóstico é muito simples: a falta de controle sobre a expansão dos gastos públicos é o maior mal", disse Guedes em sua posse, na qual ressaltou que existem reformas estruturais que devem ser realizadas o mais rápido possível, incluindo a do sistema previdenciário.

Guedes criticou o atual Estado brasileiro porque "gasta muito e gasta mal", agindo "como se não houvesse amanhã". Segundo o novo ministro da Economia, isso supõe cerca de US$ 100 bilhões de dólares anuais.

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O novo ministro declarou que se o governo conseguir que o Congresso Nacional aprove a reforma do sistema previdenciário para deter o déficit público, haverá "10 anos" de crescimento sustentável à frente.

Caso contrário, ele advertiu que a situação será tão séria que obrigará os parlamentares a modificar a Constituição para fazer um "pacto federativo", rever os gastos obrigatórios e realizar reformas estruturais ainda mais profundas.

Guedes prometeu também abrir a economia brasileira, que em sua opinião está fechada há quatro décadas, além de simplificar os impostos, eliminar a burocracia, privatizar as empresas estatais e gerar um melhor ambiente de negócios.

"O Brasil não será mais o paraíso do rentista e do inferno do empreendedor", pontuou Guedes, mas ressaltou que para realizar sua tarefa será necessário o apoio dos três poderes e da imprensa. "Não há superministro", ironizou Guedes.

O responsável pela política econômica do novo governo, seguidor dos preceitos liberais da Escola de Chicago, assegurou que a melhor política de inclusão é a economia de mercado e que não há razões para "angústia" com a nova administração.

O ministro elogiou a robustez das instituições brasileiras e dedicou inúmeros elogios a Bolsonaro, de quem ele disse que sentiu muita admiração por seu "imenso patriotismo".

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Mercado animado

O mercado de ações do Brasil disparou nesta quarta-feira com otimismo que o novo presidente e seu governo abalarão a economia moribunda — a maior da América Latina — cortando gastos e dívidas.

Essas esperanças foram alimentadas pelas declarações do novo ministro da economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, de que a reforma do sistema insustentável de pensões do país era o "maior desafio" do governo.

Guedes lidera o discurso de mudanças que também incluem racionalização fiscal e privatizações.

O mercado de ações de São Paulo saltou mais de 3,5% durante as negociações de quarta-feira, com a estatal Eletrobras pulando mais de 19,5% das expectativas de que alguns de seus ativos seriam vendidos.

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