De acordo com Ryabkov, em Washington são bastante fortes as posições dos que consideram necessário manter a presença militar dos EUA na Síria, presença que, conforme disse, é ilegal e contrária às regras do direito internacional.
"Na situação atual de corrida desenfreada de Washington pelo domínio no mundo, em que os EUA fazem por estar presentes em todo o lado e resolver as questões apenas de acordo com as suas condições, custa a imaginar que, de repente, deixem a Síria completamente e incontestavelmente do ponto de vista militar. Não consigo imaginar tal situação", acrescentou o diplomata.
"Os contatos sobre os diferentes aspetos da questão síria não cessam. Não vejo nada de extraordinário, sensacional ou especial nisso. Esses contatos nem sempre são anunciados. Se a informação sobre eles vier a público, atrairão atenção adicional. São realizados contatos sobre diversos temas. Haverá contatos sobre outros temas proximamente", comentou Sergei Ryabkov.
Além disso, segundo o diplomata, a Rússia gostaria de recomeçar proximamente um diálogo substancial com os EUA quanto ao controle de armas. Moscou já está trabalhando no tema e acredita que "também nesta área algo possa dar certo" mas, por enquanto, não pode anunciar qualquer calendário ou passos acordados. Moscou apela aos EUA para ponderarem a situação e estarem prontos para o diálogo sobre os mísseis, assinalou.
Em dezembro de 2018, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a vitória sobre o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) na Síria, assinalando que esse era o único motivo de permanência das tropas norte-americanas na República Árabe. A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que os EUA iniciaram a retirada das tropas americanas da Síria. Entretanto, segundo ela, a coalizão internacional liderada por Washington continuará existindo.