A ESA informou que, através desses dados, foi possível estimar que a velocidade de rotação do buraco negro é de mais de 50% da velocidade da luz. A descoberta foi publicada pela revista Science no dia 9 de janeiro.
A imensa gravidade dos buracos negros pode desintegrar uma estrela que se aproximar demais e, enquanto os restos desses corpos celestes descem em espiral na direção ao buraco que os destruiu, eles emitem raios X com grande intensidade após o aquecimento.
Durante o processo de "comilança", astrônomos têm uma janela de oportunidade para estudar algumas características fundamentais do buraco negro, como sua massa e sua velocidade de rotação.
"Trata-se de uma descoberta excepcional", já que "nunca foi visto um sinal estável por tanto tempo perto de um buraco negro", disse a coautora do estudo, Alessia Franchini, da Universidade de Milão (Itália), adicionando que "o sinal vem de um lugar muito próximo do horizonte de eventos" do buraco negro, o ponto além do qual não é possível observar nada, "porque a gravidade é tão forte que nem a luz pode escapar".