A equipe técnica dos EUA que está sendo despachada para a Turquia chegará ao país em 15 de janeiro para dois dias de negociações, informou o Hurriyet.
Ancara diz permanecendo intacto o plano de comprar quatro conjuntos S-400 russos no valor de US $ 2,5. Na semana passada porém, o chefe da Indústria de Defesa da Turquia, Ismail Demir, disse que gostaria de receber autoridades dos EUA que explicassem precisamente que riscos a S-400 poderia representar para o F-35.
"Temos ouvido constantemente sobre os potenciais danos e problemas sobre a qualificação de caça furtiva dos F-35 no caso de sua implantação em local próximo ao S-400. Nunca tivemos uma equipe nos visitando para esclarecer que riscos técnicos são esses. Nós lhes dissemos várias vezes para vir e explicar todas as suas preocupações, se eles acham que são sérias", disse Demir.
Os EUA passaram meses fazendo lobby para que a Turquia abandonasse o acordo de compra dos S-400 com a Rússia. No mês passado, o Departamento de Estado aprovou a venda de US$ 3,5 bilhões em sistemas de mísseis Patriot para o país. Ancara respondeu dizendo que consideraria os Patriots, mas que isso não afetaria o contrato dos S-400. Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, reiterou que seria "impossível" considerar os Patriots se isso significasse abandonar o acordo S-400.
Moscou e Ancara assinaram um contrato de US$ 2,5 bilhões em quatro conjuntos de batalhão de S-400 em dezembro de 2017. O primeiro dos sistemas deve ser entregue ainda este ano. Projetado para deter aeronaves inimigas, drones, mísseis balísticos e de cruzeiro, o S-400 é o mais avançado sistema de defesa aérea móvel do arsenal de Moscou, e é usado pela Rússia, Bielorrússia e China. No final do ano passado, Moscou e Nova Delhi assinaram um contrato de US$ 5 bilhões por dez grupos de batalhão S-400 para a Índia.