As forças do governo libertarão a totalidade da Síria, mesmo que Trump renuncie à sua retirada anunciada, disse uma fonte do Ministério de Relações Exteriores da Síria ao correspondente da Sputnik Internacional, Suliman Mulhem, na sexta-feira (11).
Falando sob condição de anonimato, a fonte insistiu que o presidente Bashar Assad não tem intenção de permitir que o território sírio permaneça fora do controle do governo a longo prazo, acrescentando que o Exército sírio e seus aliados estão "prontos para recuperar" cada centímetro do país devastado pela guerra.
Representantes do governo sírio têm estado envolvidos em conversações com líderes curdos durante a guerra e a retirada de Washington pode encorajar os curdos a finalmente concordarem em firmar um acordo com Damasco, já que as Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês) seriam vulneráveis a um ataque turco no norte da Síria depois da retirada dos EUA.
No entanto, com muitos militantes se opondo à decisão de Trump, o presidente dos EUA poderia recuar em sua promessa de acabar com a presença militar norte-americana na Síria, como fez abruptamente no ano passado.
A despeito disso, Damasco e os curdos estão aparentemente se aproximando de um acordo, inclusive com tropas do Exército sírio chegando em Manbij – cidade que Ancara ameaçou abertamente como alvo a menos que as forças curdas retrocedessem – apenas dias depois que Trump prometeu retirar o contingente militar dos EUA para fora da Síria.